04 Dezembro 2021 - 14:37

Com vacinação itinerante, Aracaju imunizou mais 27,8 mil pessoas nesta semana

Sergio Silva
Vacinação contra a Covid-19

Com o surgimento de uma nova variante do coronavírus, a ômicron, mais transmissível e com cinco casos já confirmados no Brasil, se faz ainda mais indispensável o contínuo avanço da vacinação contra a covid-19.

Por isso, desde quarta-feira (1º), a Prefeitura de Aracaju executa duas novas estratégias itinerantes para aumentar o acesso à imunização: a vacinação nas escolas e o carro da vacina. Assim, durante toda esta semana, o Município imunizou mais 27.872 contra a covid-19, totalizando 517.493 aracajuanoss com idades a partir de 12 anos vacinados com ao menos uma dose, o que representa 92,95% da população. Com as duas doses, já são 455.079, ou 80,88% da população vacinável.

A vacinação nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), é uma parceria entre as Secretarias Municipais da Saúde (SMS) e da Educação (Semed) e visa a atingir o público com idade acima dos 12 anos.

Já o carro da vacina é uma ação itinerante da SMS, que percorre os bairros da capital para aplicação de primeira, segunda e terceira doses do imunizante contra a covid. Para receber a dose do imunizante, basta ter idade acima de 12 anos, apresentar cartão de vacinação, comprovante de residência e documento com foto.

Nesta semana, a ação passou pelos bairros 17 de Março, Porto Dantas e Lamarão. Apesar de ficar fixo em um ponto estratégico, o carro da vacina também percorre as ruas dos bairros para fazer a busca ativa.

O cronograma seguiu direcionado à população adolescente com idade entre 12 e 17 anos, pessoas acima de 18 anos, gestantes, puérperas e lactantes, os inseridos na repescagem, além do adiantamento da segunda dose.

Também está sendo aplicada a dose de reforço na população entre 18 e 59 anos que recebeu segunda dose até 7 de agosto, idosos e profissionais de saúde que receberam segunda dose até 7 de agosto, além dos imunossuprimidos 18+ que tomou a segunda dose há 28 dias.

Vacinação nas escolas
Bem como a vacinação itinerante nos bairros, a ida das equipes de saúde às escolas é uma forma de busca ativa para alcançar aqueles que não tomaram a vacina, seja a primeira dose ou a segunda para complemento do esquema vacinal.

No momento em que as aulas voltaram 100% presencial, quanto mais alunos imunizados melhor, não só para toda a comunidade escolar, como principalmente para o avanço na vacinação completa de toda a população aracajuana.

Para a diretora da Emef Sérgio Francisco da Silva, Delma Araújo de Oliveira, a expectativa é grande e a necessidade maior ainda. Ela destaca que a escola oferta três turnos, do 1º ao 9º ano, e educação de jovens e adultos. São 960 alunos matriculados na escola, e cerca de 300 e 400 que ainda não têm idade para a vacina, "por isso, é extremamente importante que aqueles que podem se vacinar o façam para se proteger e proteger os demais", frisa.

"Pelo levantamento que nós fizemos, vários alunos não tomaram a primeira dose, e uma parte que já tomou a primeira dose está necessitando da segunda. A ação é muito importante, porque vai proporcionar uma facilidade maior para a comunidade no acesso à vacina. Embora a gente saiba que existem os postos, muitas vezes a comunidade carece desse tempo, e a escola é como um centro, onde a comunidade se concentra”, ressalta a diretora da unidade localizada no bairro Lamarão, zona Norte de Aracaju.

Com 12 anos, a aluna do 5º ano Leislaine Silva Machado garantiu sua segunda dose. “Estava um pouco nervosa antes, mas já passou. Achei melhor tomar a vacina aqui na escola porque está mais próximo de minha casa. Foi bem rápido. Vim para estudar e aproveitei para tomar a segunda dose. Acho importante a vacina para ficar imunizada contra a covid-19 e proteger os outros parentes que moram perto de mim”, frisa a estudante.

Para os pais, a vacinação nas escolas é um pacote completo com educação e saúde, como ressaltou Silvaneide Jesus da Conceição, mãe de Luiz Gustavo da Conceição Machado, de 12 anos, aluno da 7ª série.

"Vim trazê-lo para tomar a segunda dose e prevenir contra essa doença. Peço que todas as mães se conscientizem para proteger seus filhos. A vacinação aqui na escola é muito boa", disse Silvaneide. "Achei mais prático", resumiu o garoto.

Carro da vacina
Com o intuito de romper dificuldades que, de alguma forma, impedem pessoas de tomarem a vacina, a SMS colocou o carro da vacina na rua para chegar ainda mais perto da população. Essa aproximação beneficiou Maria Valdineide Santos, de 29 anos, que tomou a segunda dose.

"Achei muito importante a Prefeitura colocar esse carro da vacina no bairro porque em outros lugares está tendo muita fila e quem trabalha não pode ficar o tempo todo na fila. Está sendo maravilhoso, amei. A Prefeitura está de parabéns", elogiou Maria, agora, já com o esquema vacinal completo.

Há quem tenha dificuldades de se locomover para longe, como o caso de Wesley Santos Andrade, de 34 anos, que, com a ação, pode garantir a primeira dose no braço.

“Essa ação é maravilhosa porque ajuda muito a comunidade. É maravilhoso vir tomar a vacina para nos proteger contra esse vírus. Só fiz atravessar a rua e fui vacinado", conta Wesley.

Outros pontos
Mesmo com as iniciativas, a vacinação segue por meio dos demais locais de acesso, o drive-thru no Parque da Sementeira e em todas as 44 UBS da capital.

Quem ganhou o reforço da vacina foi Emílio Carlos Resende Nogueira, de 61 anos, que passou o recado. “Estou ajudando a comunidade porque eu não quero me infectar para não infectar os outros. É importante para a minha saúde e para a saúde coletiva. Existe uma onda de negacionismo. Já está chegando uma variante nova e, com a vacina, eu favoreço a mim e os outros a proteção. Se for egoísta é ruim, eu não posso pensar da mesma maneira como alguns estão pensando", salienta Emílio.

Gestante, Helena Oliveira Monaretto Cruz, de 24 anos, tomou a segunda dose e garantiu dupla satisfação. "Estou bastante feliz. É uma proteção para mim e para a minha filha. É até emocionante porque a gente passou por tantas situações na pandemia e, agora, tem essa conquista de ter a vacina e ainda proteger minha bebê", comemora Helena.

Na UBS Augusto Franco, Nelson Roberto Alves Souza, de 60 anos, tomou a terceira dose. "O importante para nós é ter a vacina no braço. A Secretaria de Saúde do Município está cumprindo com o seu papel. Com isso, nós cidadãos aracajuanos nos sentimos muito bem. Não se pode vacilar, a vacina previne, ajuda. A cura, infelizmente, não existe, mas se tem como prevenir, é melhor que remediar", assevera Nelson.  

por Agência Aracaju

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