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Projeto de mediação pretende ampliar núcleos de atuação em Sergipe

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Projeto de mediação pretende ampliar núcleos de atuação em Sergipe

O “Projeto Acorde – porque conversar resolve”, iniciativa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), planeja ampliar sua atuação. Atualmente a iniciativa é desenvolvida no Santa Maria, bairro da zona sul de Aracaju, e na Barra dos Coqueiros, mas no mês de meio deve ser levada para dois novos núcleos: Itabaiana e outro na região da 5° Delegacia Metropolitana, localizada no bairro Bugio, em Nossa Senhora do Socorro.

Os dois novos núcleos receberão mediadores formados no último curso, realizado em outubro do ano passado e que capacitou 20 novos profissionais. A intenção é que as unidades já existentes ganhem mais mediadores e que as novas recebam os seus primeiros profissionais. Além disso, o programa pretende expandir suas ações em outras cidades como Estância, Lagarto e Nossa Senhora da Glória.

O projeto Acorde objetiva evitar que crimes de menor potencial ofensivo se tornem mais graves e que os participantes do processo consigam resolver suas diferenças por meio da autocomposição do conflito, sem precisar recorrer ao sistema Judiciário. Em Sergipe, a iniciativa é desenvolvida desde 2013.

A equipe que compõe o projeto é liderada pela delegada Daniela Lima, que coordena profissionais das áreas de Direito e Serviço Social, além de mediadores formados e distribuídos atualmente entre os dois núcleos. “Todos os boletins de ocorrência com crimes de menor potencial ofensivo registrados nas áreas onde os núcleos estão situados e que tenham como características a relação continuada entre as partes, como vizinhos, por exemplo, e com potencial de acirramento são designados para o Acorde”, explica a delegada.

Uma vez que o caso atenda as especificações para fazer parte da ação, um mediador é designado. As reuniões duram cerca de uma hora, na qual as partes dialogam com a ajuda dos profissionais, buscando um acordo. “O papel do mediador é promover a empatia entre as pessoas em conflito. Fazer com que uma se coloque no lugar da outra para que possam entender como cada um se sente e então chegar a uma resolução”, relata a mediadora Marcela Souza, do núcleo Santa Maria.

Os dados do projeto Acorde, referentes ao ano de 2016, apontam que as principais desavenças ocorrem entre vizinhos. No núcleo do Santa Maria, 36,5% dos casos envolviam este grau de relação. No da Barra dos Coqueiros o número chega a 51% dos casos. Segundo os mediadores, falta diálogo. “Nós não crescemos com essa cultura de manter a calma e procurar a solução dialogando. Muitas situações são fácies de resolver, envolvem até mentiras inventadas por terceiros, mas sem a disposição para conversar, o impasse permanece”, ressalta Marcela.

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