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Moradores do Mosqueiro reconhecem a Orla Pôr do Sol como vetor de desenvolvimento

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Moradores do Mosqueiro reconhecem a Orla Pôr do Sol como vetor de desenvolvimento

Construída há nove anos, pela Prefeitura de Aracaju, a Orla Pôr do Sol Jornalista Cleomar Brandi proporcionou o desenvolvimento da região do povoado Mosqueiro, sobretudo para um lugar que começava a viver a expansão da cidade e, pela sua beleza natural, já era atrativo para quem buscava a calmaria das águas do rio Vaza Barris.

Passados os primeiros anos de construção, o lugar foi esquecido durante a gestão anterior e sofreu um processo de deterioração que só foi resolvido com a recente obra de revitalização, entregue na semana passada, pelo Governo do Estado, realizador da intervenção, que, para tanto, contou com a cessão do espaço feita Prefeitura de Aracaju.

Para quem vive às margens de rio, o contato com o lugar é diferente do que é visto em ambiente urbano. Normalmente, a população ribeirinha possui uma ligação íntima com o local em que vive. Portanto, cada processo de mudança é acompanhado de perto e muito atentamente.

Valdeci dos Santos chegou ao Mosqueiro há 10 anos, ou seja, quando a Orla Pôr do Sol estava prestes a ser construída. Naquela época, sua vida tinha outra rotina e a construção da Orla foi determinante. Hoje, ela é Dona Val das Cocadas.

“Quando vim morar aqui, tomei a decisão porque era uma área que estava crescendo. Eu era feirante e trabalhava em São Cristóvão. Minha rotina era de acordar de madrugada para vender frutas. Com a construção da Orla, vi a comunidade mudar, as pessoas estavam mais empolgadas porque era o desenvolvimento chegando. Quando a obra ficou pronta, resolvi mudar o meu dia a dia e comecei a fazer cocadas para vender numa barraca na Orla. Hoje, todo mundo me conhece como Dona Val das Cocadas”, conta.

A beleza do local já era conhecida por muitos moradores da capital e por turistas. No entanto, a construção da Orla foi a mola propulsora para o crescimento de toda a região, como lembra dona Val.

“Como passamos a ter uma Orla tão bonita, as pessoas queriam embelezar o comércio, a casa. Foi uma coisa puxando a outra. Então, ao mesmo tempo em que vimos mais gente chegando para ver a nossa Orla, vimos também mais ruas, mais avenidas sendo arrumadas. Foi bonito de ver, mas, passou esses primeiros anos e depois o lugar foi esquecido, o que, para mim, foi muito ruim”, confessa.

O estudante Maxuel Oliveira, de 22 anos, se recorda muito bem dos tempos ruins citados por dona Val. Segundo ele, era criança quando viu a estrada de piçarra dar lugar a uma via asfaltada. “visitantes vinham para essa região do Mosqueiro, mas, não tinha nenhum atrativo para fazer as pessoas permanecerem. Eu morava em frente à Orla quando ela foi construída e foi uma mudança muito grande para toda a comunidade”, afirma.

Maxuel conta ainda que participou da reunião em que o então prefeito e o vice, Marcelo Déda e Edvaldo Nogueira, discutiu com a comunidade e apresentou o projeto de construção da Orla.

“A gente sentia que estava num deserto porque as pessoas vinham e não tinha nada. Era muito buraco, o píer estava estragado, com as madeiras soltando, o calçamento se acabando, nem os moradores tinham gosto de andar por ela. Agora, com essa revitalização, nos deu uma alegria de que a boa época volte. Eu sempre digo que a obra não é de quem faz, é de quem usufrui dela e, agora, estamos tendo a satisfação de ver tudo isso lindo de novo”, comemora.

O desejo de ver o local com o mesmo aspecto atrativo dos tempos em que foi erguido era sentimento comum à maioria dos moradores da região, afinal, muitos deles passaram a tirar o sustento graças ao potencial turístico e econômico do espaço que, antes mesmo de ter as mãos humanas, já possuía beleza natural que, por si só, era um atrativo deslumbrante, sobretudo pelo cenário ao pôr do sol, daí o nome que recebeu.

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