Skip to content

Pnad: Nordeste tem maior taxa de desocupação no terceiro trimestre

Pnad: Nordeste tem maior taxa de desocupação no terceiro trimestre

O Nordeste foi a região brasileira que apresentou a maior taxa de desocupação no terceiro trimestre deste ano, atingindo o recorde de 17,9% em relação ao período anterior. A menor taxa foi registrada no Sul: 9,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, entre julho e setembro, a taxa de subutilização chegou a 43,5% na Região Nordeste.

Para a analista da pesquisa Adriana Beringuy, isso mostra não apenas a região com a maior taxa. Mostra também que, do primeiro para o segundo trimestre, o Nordeste e o Sudeste, somados, foram as regiões que mais aceleraram a subutilização. Segundo Adriana, o Nordeste sempre apresenta taxas maiores de subutilização, mas agora, com o processo da pandemia, o Sudeste foi a região mais afetada. “Portanto, trazendo parte da força de trabalho para a subutilização.”

De acordo com a economista, quando se analisa a retração da população ocupada, verifica-se que, em maio, a queda decorreu da informalidade, que puxou muito a ocupação para baixo. “Esse processo da subutilização está intimamente ligado à informalidade”, disse Adriana.

O Nordeste tem as maiores taxas de informalidade. O trabalhador informal, que foi o mais atingido no auge da pandemia, acaba tendo um aspecto geográfico, porque, proporcionalmente, em relação à população ocupada, está nas regiões Norte e Nordeste”, completou.

A construção e a agricultura foram as únicas atividades em que houve crescimento da população ocupada no terceiro trimestre de 2020. Na construção, a alta ficou em 7,5%, ou 399 mil pessoas a mais trabalhando no setor. A agricultura, com expansão de 3,8%, agregou mais 304 mil trabalhadores. No caso da construção, a explicação é que, como pedreiros e outros trabalhadores do setor afastaram-se, por conta própria, do mercado por causa do distanciamento social, retornaram nesse período, com a reabertura das atividades. Além disso, aumentou a demanda por pequenas obras, como reforma de imóveis.

Para Adriana Beringuy, o aumento na taxa de ocupação na agricultura pode estar relacionado à sazonalidade do cultivo. Ela explicou que a atividade, de um modo geral, tem ritmo diferente das demais. Somado a isso, o setor sofreu menos os efeitos da pandemia, porque, ao se desenvolver no campo, o impacto do distanciamento social foi menor, na comparação com o que ocorreu na cidade. “A construção e a agricultura são atividades que já mostram efetivamente crescimento na sua ocupação”, disse Adriana.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Lidas

Mais Comentadas

Veja Também