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Ipea projeta inflação sob controle e recessão menor

Ipea projeta inflação sob controle e recessão menor

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reviu a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 6% para 5% em 2020. Segundo o instituto, a inflação deste ano deverá ser de 2,3%, abaixo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (4%). Essas projeções estão descritas em dois estudos publicados hoje, sobre crescimento econômico e sobre o comportamento dos preços.

A razão da revisão da projeção do PIB está nos indicadores econômicos do 3º trimestre. “Estão vindo melhores do que a gente projetava. A gente projeta que em agosto [os dados da] indústria, comércio e serviço continuaram vindo bastante positivos, acima de 5%. O comércio com índices [de crescimento] acima de fevereiro, pré-crise”, assinala o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Souza Júnior.

Apesar da melhora, o cenário econômico, marcado pela pandemia da covid-19, ainda exige cautela. O raciocínio é que não é possível pensar na economia sem pensar na saúde. “Como vai se dar a epidemia nos próximos meses necessariamente tem impacto na atividade econômica”, descreve o diretor. “Uma disseminação grande [da covid-19] e um número alto de mortes pode levar a desaceleração de setores que eventualmente já estão se recuperando, principalmente setor de serviços, como aqueles prestados às famílias, que dependem mais da circulação das pessoas.”

Outra preocupação é com a situação fiscal e o endividamento do Tesouro Nacional. “A pandemia trouxe uma alta de gastos bastante acentuada, combinada com a redução da atividade econômica – que impactou na receita tributária. Com isso, gerou um déficit muito grande esse ano, comprometendo a dívida pública e tornando mais urgente a adoção de medidas relacionadas à contenção de gastos públicos”, alerta o economista.

Para Souza Júnior, o governo vai ter que conter os gastos, para que a dívida pública tenha uma trajetória sustentável. Ele sugere a adoção de “medidas estruturais” para reverter o problema, como o pacto federativo e da reforma administrativa.

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