23 Outubro 2019 - 12:23

Óleo destrói produção de ostras em Porto de Pedras

Divulgação
Mais de 1.000 ostras que estavam no período de reprodução foram perdidas

O óleo que aparece desde o mês de agosto no litoral do Nordeste atingiu a produção de ostras da cidade de Porto de Pedras, Litoral Norte de Alagoas. Segundo a Associação Mariostras, mais de 1.000 ostras que estavam no período de reprodução no rio Manguaba foram perdidas. O número de pontos atingidos pelas manchas de óleo subiu para 30 no Estado.

De acordo com a integrante da Associação Mariostras, Edemara Lara, as ostras que foram atingidas pelo óleo vieram de Santa Catarina.

"Estamos com 1.500 sementes de Santa Catarina, que é diferente da nossa nativa, elas crescem mais rápido. A nativa leva de 5 anos para atingir 6 cm, essas atingem a idade adulta menos tempo. Então, estávamos empolgados com essa produção, mas infelizmente foi tudo perdido", afirma.

Lara disse ainda que são poucas as ostras que não foram atingidas pelo óleo. "As que estavam no travesseiro (uma tela instalada para o cultivo) e que ainda eram filhotes estavam preservadas, mas o restante, mais de 1.000 ostras em fase de reprodução, foram perdidas. Nem sabemos como vamos fazer para ter novas sementes de Santa Catarina", reforça.

O coordenador do projeto deputadas de Alagoas do IABS lamenta as perdas. "Temos produção em cinco municípios, mas Infelizmente houve essa perda em Porto de Pedras dessas pessoas quem tem a necessidade de produzir, gerar renda e emprego.

Edemara Lara diz que as mulheres que trabalham na produção das ostras fizeram um mutirão para fazer a limpeza do mangue. "Nós limpamos ontem, nossa preocupação é com a fauna e flora aqui. Como o óleo é da cor do mangue, é difícil com o sobrevoo identificar.

A Justiça Federal em Alagoas concedeu no último sábado (19) liminar determinando que a União e o órgão ambiental adotem medidas, no prazo de cinco dias, para diminuir os danos ambientais causados pelo óleo no estado, sob pena de fixação de multa.

O documento diz ainda que a União, juntamente com o Ibama, devem adotar medidas para a contenção, recolhimento e adequada destinação do material poluente. O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) disse que 533 toneladas de óleo e areia já foram retiradas das praias de Alagoas.

Voluntários se uniram desde que o óleo apareceu nas praias alagoanas. Eles dizem que ação de retirada de óleo das praias é questão de necessidade humana.

por Portal G1

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