26 Maio 2017 - 10:48

Equipe psicossocial garante futuro digno para egressos do sistema prisional

O trabalho e estudo podem mudar a vida de qualquer pessoa. Para os egressos do sistema prisional, esses vetores ganham uma dimensão ainda maior, pois são determinantes para a reintegração social. Em Alagoas, essas práticas são trabalhadas de forma exaustiva pelos servidores da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

Com empenho e dedicação, o setor de Reintegração Social da Seris conseguiu firmar convênios e gerar oportunidades para tornar Alagoas referência nacional, sendo a unidade federativa que mais emprega reeducandos dos regimes aberto e semiaberto no mercado de trabalho. Atualmente, mais de 600 reeducandos prestam serviços em 29 instituições.

Para garantir a eficiência do projeto, agentes penitenciários da Seris fiscalizam diariamente as atividades desenvolvidas pelos custodiados. Além dos agentes, psicólogas e assistentes sociais vão até os locais de trabalho e atendem os custodiados na sede da Reintegração Social para transmitir informações e orientações que melhoram a convivência profissional.

A gerente de Reintegração Social, Shirley Araújo, lembra que o trabalho das psicólogas e assistentes sociais garante o sucesso do projeto. “São esses profissionais que fazem o acompanhamento e primeiro atendimento do apenado. Elas traçam o perfil, analisam e identificam o melhor local de trabalho. Além disso, pode haver o atendimento familiar”, comenta a gerente.

Trabalho diferenciado

Acompanhar o desenvolvimento do egresso no ambiente de trabalho, no convívio familiar e identificar as necessidades de saúde e educação são alguns dos trabalhos desenvolvidos pelo setor psicossocial. Questões como dependência química também são trabalhadas pelo setor, com o apoio dos profissionais da Secretaria de Prevenção a Violência (Seprev).

A psicóloga Juliana Monteiro afirma que a Reintegração Social presta toda a assistência necessária para ajudar os apenados, mas é necessário contrapartida. “Ofertamos assistência em vários segmentos, como saúde e educação; passamos todas as orientações que necessitam. Acreditamos que assim eles podem desempenhar um bom trabalho. Damos a oportunidade, mas buscamos comprometimento e dedicação em troca”, fala Monteiro.

Essa aproximação e humanização no atendimento é que tem sido o diferencial no trabalho. “Quanto maior o suporte oferecido, melhor o retorno para a sociedade”, completou Monteiro.Patrícia dos Santos é assistente social e trabalha há três anos no setor. “Quando acontecem cursos profissionalizantes incentivamos a participação deles”, afirma.

Boas práticas

Na última segunda-feira (22), servidores penitenciários e reeducandos inseridos nos convênios da Reintegração Social participaram de um momento de lazer e descontração alusivo ao Dia do Trabalho. A ação organizada anualmente pela Seris foi realizada no Clube do Sesc/Guaxuma e estimulou a interação e integração entre os participantes por meio de dinâmicas em grupos.

por Agência Alagoas

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