23 Agosto 2019 - 10:06

Manoel Cavalcante e irmão são julgados por morte do cabo Gonçalves, em Maceió

Divulgação
Manoel Cavalcante e Marcos Antônio durante júri no Fórum da Capital

Começou na manhã de ontem  no Fórum da Capital, em Maceió, o julgamento do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante, conhecido como Coronel Cavalcante, e o irmão dele Marcos Antônio Cavalcante, que são acusados de participarem em 1996 da morte de José Gonçalves da Silva Filho, o cabo Gonçalves.

O júri conduzido pelo juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade, titular da 7ª Vara Criminal da Capital, vai ouvir os dois réus e cinco testemunhas.

Os irmãos Cavalcante, que são apontados como chefes do grupo criminoso que ficou conhecido como Gangue Fardada, chegaram a ser julgados e absolvidos em 2011 pelo mesmo crime, mas o júri foi anulado após a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) acatar o recurso do Ministério Público (MP-AL), diante da contestação da decisão que não considerou às provas dos autos.

Em 2013, o ex-tenente-coronel também teve outro julgamento anulado porque a justiça também identificou problemas no processo.

Relembre o crime

O crime ocorreu em 9 de maio de 1996, por volta das 11h, no Auto Posto Veloz, localizado na Avenida Menino Marcelo, em Maceió. Marcos Antônio Cavalcante, acompanhado de outros acusados, teria efetuado disparos contra José Gonçalves, enquanto o coronel Cavalcante ficou em seu veículo, prestando auxílio aos executores.

De acordo com o depoimento de Cavalcante, a vítima, após se reformar policial militar, passou a trabalhar para o deputado estadual João Beltrão, praticando crimes, sobretudo homicídios. Após sofrer um atentado, teria atribuído ao até então seu chefe e passado a manter vínculos estreitos de amizade com o deputado estadual Francisco Tenório, o qual teria passado a lhe oferecer proteção.

Foram acusados de participar do crime Paulo Ney de Moraes, Jaires da Silva Santos (absolvido), Valdomiro dos Santos Barros, Talvanes Luiz da Silva, Eufrásio Tenório Dantas, Daniel da Silva Sobrinho, José Luiz da Silva Filho, Marcos Antônio Cavalcante e Manoel Francisco Cavalcante.

Manoel Francisco Cavalcante e Marcos Antônio Cavalcante tiveram o processo desmembrado dos demais acusados.

Em outubro de 2017, o Pleno do TJ-AL absolveu o deputado João Beltrão por falta de provas de sua participação no crime. Os desembargadores concordaram que o único indício contra o réu foi desfeito quando o ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante mudou sua versão.

por Portal G1

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