22 Maio 2018 - 12:31

Casos de quando acudir à psicólogos no Maceió

Na linguagem popular é normal e comum escutar ou ler uma pessoa se definir como “bipolar”, “louca”, que está “um pouco depressiva” ou que tem “pânico” a algo específico. Evidentemente, essas são características leves sobre esses transtornos e não contemplam a gravidade que realmente representam essas doenças em quem sofre delas.

As circunstâncias da vida levam a qualquer pessoa experimentar uma mudança em suas condutas, seu humor, seu ânimo, seus desejos, etc. Mas quando isso deixa de ser algo natural da existência na sociedade, e começa a se converter em um transtorno que afeta de forma crônica a vida da pessoa?

Transtornos do estado de ânimo

O Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM) e os psicólogos de Mundopsicologos.com define aos transtornos do estado de ânimo como aqueles que têm como característica principal a alteração do ânimo ou o humor (afetivo) da pessoa.

Dentro dessa categoria de doenças encontramos as depressões e os transtornos bipolares (em todos os seus tipos).

Nas descrições vigentes, a depressão é caracterizada pelos sentimentos de infelicidade, decadência, anedonia (incapacidade de experimentar o prazer), falta de interesse, entre outros. Em alguns casos pode estar acompanhado por sintomas como: ansiedade, irritabilidade, cansaço excessivo e contínuo, problemas de sono, alterações no apetite e problemas de desejo sexual.

Não confundir a tristeza com a depressão. A tristeza é um estado de ânimo que pode apresentar-se em situações de perda real (luto, separação) ou simbólica, mas que não constitui por si mesmo um estado depressivo.

Como detectar se alguém do meu círculo social ou familiar sofre depressão?

O indicador mais importante para o ambiente da pessoa depressiva é o abandono de suas atividades. O depressivo, progressivamente, renuncia aqueles hábitos que realizava, seja por prazer (reuniões familiares ou de amigos, praticar esporte) como as obrigatórias e de autocuidado (trabalhar, estudar, assear-se), o que começa a fazer parte do chamado “círculo vicioso da depressão”: inatividade-desmotivação-isolamento-falta de energia-manutenção do baixo estado de ânimo. Ao abandonar as atividades que lhe concediam prazer e aquelas que ocupavam seu tempo diário, a pessoa se isola ainda mais, o que gera mais tempo “vazio” nos quais reforça os pensamentos negativos que habitam sua mente, desmotivando-o ainda mais.

O que fazer se detectamos um caso próximo?

A pessoa depressiva dificilmente chega por iniciativa própria em uma consulta psicológica ou psiquiátrica, e sim acompanhada e, muitas vezes “empurrada” por sua família ou círculo íntimo. Portanto, é importante que a família se organize e consiga convencer e acompanhar o depressivo no seu pedido de ajuda.

O tratamento da depressão é um caminho largo, marcado por altos e baixos, difícil tanto para o adoentado como para as pessoas mais próximas dele. As diferentes terapias, sejam elas conduzidas por correntes cognitivo-comportamentais como psicodinâmicas (psicanalises), demonstraram ser eficazes em um grande número de casos.

A bipolaridade apresenta traços similares ao da depressão, mas se diferencia pelas etapas maníacas que a pessoa experimenta. Nelas, é possível apresentar sintomas como:

• Intensificação do estado de ânimo.
• Falta de sono.
• Verbosidade.
• Fluxo de pensamento acelerado.
• Hostilidade ou irritação.
• Sentimentos de onipotência e inconsciência (a pessoa se envolve em atividades de alto risco).

Se detectarmos uma pessoa próxima que oscila entre estados de ânimo constantemente e em períodos curtos de tempo, devemos sugerir solicitar uma consulta com um psiquiatra ou psicólogo especializado. Normalmente o paciente aceita, melhor, acudir a consulta no período maníaco do que no depressivo.

A ansiedade como mecanismo biológico e sua apresentação patológica

O caso da ansiedade é um exemplo perfeito de como um mecanismo biológico pode mutar em um elemento patológico que afeta com intensidade a vida de uma pessoa. 

O estudo dos nossos antepassados permitiu determinar que a ansiedade funcionava como um mecanismo de ativação em perigos externos (ataques de predadores, fome, sede, condições meteorológicas desfavoráveis). No nosso tempo, onde o avance tecnológico e a vida em sociedade permitiu transformar esses problemas em situações comuns, a ansiedade se deposita em situações futuras que visualizamos como perigosas (provas, encontros, entrevistas de trabalho, eventos esportivos, etc.).

Isso quer dizer que, se tenho ansiedade nessas situações, posso ter um transtorno associado a ela? Não, de jeito nenhum. A ansiedade continua sendo um mecanismo muito valioso, já que permite preparar-nos da melhor maneira para enfrentar circunstâncias que consideramos importantes para a nossa vida.

Quando a ansiedade se torna constante e intensa, e começa a afetar as relações mais próximas, as atividades diárias, o sono, o estudo e a concentração da pessoa, podemos considerar que está sofrendo algum tipo de transtorno de ansiedade, o ao menos está no caminho para isso. A que indicativos é necessário prestar atenção?

As pessoas podem experimentar:

• Sintomas corporais: agitação, fadiga ou suor excessivo, náuseas, palpitações, tremores.
• Sintomas comportamentais: hipervigilância ou irritação, insônia, medo.
• Sintomas Cognitivos: pensamentos acelerados ou pensamentos não desejados, sensação de morte iminente.

O tratamento recomendado para os transtornos de ansiedade devem ser a terapia cognitiva comportamental, ainda que todas as terapias revelem casos de êxito nesse tipo de casos.
 

Comentários comentar agora ❯