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Alagoas Feita à Mão expõe talento artístico que nasce no presídio

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Alagoas Feita à Mão expõe talento artístico que nasce no presídio

As cores do filé alagoano, agregadas aos contornos das peças torneadas de madeira, produzidas pelas artesãs da Fábrica de Esperança da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), levam uma beleza especial para o Festival Alagoas Feita à Mão, que acontece de 19 e 25 deste mês, no Parque Shopping, no bairro Cruz das Almas.

O evento reúne obras de diversos artistas do Estado como forma de comemorar a Semana do Artesão. Para engrandecer o festival, a Seris expõe peças em marcenaria, filé, pintura, decoupagem e tornearia. Todo o material foi produzido pelas mãos habilidosas das dezenas de reeducandas que foram qualificadas por instrutores na unidade prisional.

Quem prestigiar o Alagoas Feito à Mão terá a oportunidade de conferir peças em madeira torneadas, teneriff e agregados de filé, como a jangada e jogos de dama e xadrez. Além das profissionais da Secretaria da Ressocialização, aproximadamente 40 artesãos irão expor e comercializar suas produções na praça central do shopping.

A gerente de Educação, Produção e Laborterapia, agente penitenciária Andréa Rodrigues, destaca a importância da exposição para reinserir as internas no âmbito social. “Temos recebido convites para participar de renomados festivais de forma recorrente. Mais do que visibilidade, quebramos preconceitos e conquistamos reconhecimento com a qualidade dos serviços”.

“É muito gratificante ter nossos produtos expostos ao lado de grandes mestres e profissionais da arte alagoana. Na Fábrica de Esperança transformamos matéria bruta em arte, e fazer parte do Alagoas Feita à Mão impulsiona ainda mais os bons valores disseminados pelos servidores penitenciários”, salienta o titular da Seris, coronel Marcos Sérgio de Freitas.

Profissionalização

Com a Lei nº 13.180, sancionada em outubro de 2015, que estabelece diretrizes para políticas públicas de fomento à profissão de artesão, os artistas passaram a ter direito à carteira nacional do artesão, linhas de crédito especial para o financiamento da comercialização da produção artesanal e aquisição de matéria-prima e qualificação profissional.

Alagoas lidera o ranking nacional de artesãos cadastrados no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), com, aproximadamente, 14 mil profissionais. Em 2016, as custodiadas e os instrutores que trabalham nas oficinas da Fábrica de Esperança receberam a carteira de artesão fornecida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas (Sedetur).

Os produtos confeccionados nas oficinas de decoupagem, filé, teneriff, marcenaria, tornearia e pintura em tecido são expostos e vendidos em dois pontos fixos: rua fechada, no bairro da Ponta Verde, sempre aos domingos, e no Box 09, no Mercado de Artesanato Margarida Gonçalves, no parque Ceci Cunha, em Arapiraca. O dinheiro arrecadado com as vendas vai para o fundo penitenciário, destinado a investimentos no sistema prisional.

Exposições

Ao longo de 2017, os produtos artesanais foram expostos em feiras de diferentes cidades, como Brasília (DF), Recife (PE), Campo Grande (MS) e Belo Horizonte (MG), além de órgãos públicos e eventos.

O destaque fica por conta da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), realizada em julho, em Olinda (PE). Em sua 18ª edição, a maior feira de artesanato da América Latina reuniu, aproximadamente, cinco mil expositores, de 34 países e oito etnias indígenas. Entre eles estavam o estande da Fábrica de Esperança.

A Seris levou trabalhos em madeira, com aplicações de filé, técnicas ensinadas nas oficinas. Durante os 11 dias de evento foram vendidas 287 peças, totalizando uma arrecadação de mais de R$ 4 mil.

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