Prostituição Juvenil nas Redes Sociais
Os sistemas de mensagens e redes sociais, como WhatsApp, Tinder, Facebook, Instagram, Snapchat e Airbnb, são usados para a prostituição, aponta o estudo, que analisa a situação em 35 países. A prostituição e a exploração sexual na internet são uma praga em plena espansão, afiama a Fundação Scelles, que publicou um estudo de 548 páginas intitulado “Sistema da Prostituição: Novos desafios, novas respostas”. Essa mesma entidade alerta que as plataformas digitais se tornaram a principal ferramenta tanto para as prostitutas quanto para os clientes.
Muitas mulheres vendem diariamente fotos nuas ou vídeos caseiros com encenação do ato sexual. A venda de conteúdo para fins sexuais abriu um debate entre jovens, que se perguntam se o que fazem é prostituição ou não. Quando há um intercâmbio sexual em troca de dinheiro, e isso é pactuado, trata-se de trabalho sexual, afirma Livia Motterle, acadêmica do Centro de Pesquisas e Estudos de Gênero da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). “A pessoa que entra nessas plataformas busca satisfazer uma fantasia, e a foto realiza essa fantasia. É um trabalho sexual muito reduzido, um fraguemento de um mundo muito mais amplo”, afirma Livia Motterle.
A pandemia não trouxe nada de novo, apenas amplificou as desigualdades de gênero que já existiam. O motivo econômico é 90% do que leva uma mulher a entrar no trabalho sexual, e a crise econômica amplica esse fenômeno. O Only Fans nasceu em 2016, mas só se popularizou com a chegada da covid-19 e do confinamento, esse site inundou sobretudo de pornografia produzida por mulheres e, em menor medida, por homens. Este novo tipo de prostituição vem sendo difundida nas redes sociais com bastante frequencia no Brasil, as redes sociais se tornaram uma alternativa econômica para venda de fotos e vídeos para muitas mulheres durante essa pandemia.
Comentários comentar agora ❯