18 Dezembro 2017 - 14:56

Caixa Econômica tem interesse em operar jogos de azar no Brasil

Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, o banco pode ser um operador de jogos eletrônicos. Isso caso seja aprovada a lei que regulamenta os jogos de azar no Brasil. A declaração foi dada em uma cerimônia, realizada no Palácio do Planalto.

Gilberto afirmou que o tema já foi discutido com os senadores Benedito de Lira e Ciro Nogueira. O primeiro é relator e o segundo autor do projeto de lei que visa a regulamentação de cassinos, bingos e jogos na internet. Hoje em dia, apenas a Caixa que opera apostas no país, como a famosa Mega da Virada.

Para Occhi, embora a Caixa possivelmente não receba todas as concessões, a instituição tem credibilidade no setor de apostas, portanto, possui condições de estender o serviço. Ainda de acordo com o presidente do banco, esta seria uma grande oportunidade, já que atualmente há jogos eletrônicos operando no Brasil, porém a receita gerada não fica no país.

O motivo é simples: a lei que proíbe os jogos de azar se restringe a empresas brasileiras, ou seja, localizadas em território nacional. Como na data em que foi elaborada a lei não havia internet, ela não abrange os cassinos online estrangeiros. Eles funcionam normalmente.

De acordo com Gilberto Occhi, há estudos que mostram o potencial de arrecadação tributária, caso haja a legalização de jogos. O valor seria estimado em 20 bilhões ao ano. Para o executivo, a Caixa seria o único operador com credibilidade no mercado. Ele defende a ideia de que, para uma companhia ter sucesso no ramo, precisará de fiscalização, acompanhamento e participação no pagamento. E a Caixa Econômica já é a única entidade autorizada no setor de apostas.

Occhi acredita que o maior potencial está na internet, com os jogos eletrônicos. O mercado seria bem maior que o ramo de cassino e bingos. Para ele, cassinos seriam bons empreendimentos para auxiliar no desenvolvimento de determinadas regiões.

Atualmente, muitas pessoas já fazem apostas nos site internacionais. É possível que, com a liberação de empresas brasileiras, haja grande aumento no interesse de jogos online. Para quem gostaria de saber mais sobre o assunto, é aconselhável conferir uma lista de melhores cassinos para o Brasil.

Opinião dos políticos brasileiros em relação aos jogos

Boa parte dos governadores são favoráveis à criação de um fundo para a segurança pública, se houver a legalização, de acordo com matéria da Folha de São Paulo.

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, já ouviu a proposta a respeito dos jogos de azar, porém, não seguiu com medidas para a aprovação em novembro, porque a prioridade do governo é a reforma da Previdência.

Pezão, governador do Rio de Janeiro, defende que a ideia da liberação de cassinos é boa, porque geraria empregos. Mas, ele disse que o déficit da Previdência engoliria o dinheiro dos impostos, então vale mais a pena atuar na aprovação da reforma, porque ela daria resultados mais rapidamente aos cofres públicos.

Em 2016, o blog de Ancelmo Gois do O Globo publicou um artigo sobre o presidente da República e a liberação de jogos de azar. Ele seria um aliado de alto escalão, porque, desde a época em que atuava como Secretário de Segurança de São Paulo, ele já se mostrava favorável ao Jogo do Bicho. Ainda segundo a reportagem, Temer declarou ano passado, em reunião com deputados, de que não tem nada contra a mudança na lei de apostas.

Podemos concluir então, que somente após a finalização do projeto referente à reforma da Previdência que existe a probabilidade de o projeto de lei sobre os cassinos, bingos e demais jogos seja discutido com maior ênfase; mesmo havendo grande predisposição da cúpula da Caixa Econômica em ampliar o atual serviço de apostas.
 

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