23 Abril 2018 - 11:01

Empresas incentivadas pelo Prodesin devem gerar mais de 3 mil empregos

José Wilsson, 22 anos, poderia ser mais uma vítima do desemprego, que em fevereiro deste ano atingiu mais de 13 milhões de pessoas no país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Estatísticas (IBGE). Mas a história do jovem ganhou outra narrativa. Na fábrica de doces Popular Alimentos, em Limoeiro de Anadia, na região Agreste de Alagoas, Wilsson conseguiu seu primeiro emprego, e encontra-se há dois anos com carteira assinada e uma profissão da qual se orgulha: “sou cortador de doces”.

A empresa é um dos sete empreendimentos no Agreste incentivados por meio do novo Programa de Desenvolvimento Integrado (Prodesin), que a partir da modernização, passou a oferecer a redução de 92% no pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na saída dos produtos industrializados, dependendo da quantidade de empregos gerados. Também foram concedidos benefícios locacionais à indústria.

Conforme os dados da Superintendência de Indústria e Comércio da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas (Sedetur), a estimativa é que essas empresas ao logo dos anos gerem um total de 3.800 postos de trabalho diretos na região.

O complexo industrial Popular Alimentos abriga sete segmentos de produção incluindo doces, pipocas, salgadinhos, entre outros, e gera mais de 500 postos de trabalhos diretos no Agreste. De acordo com o sócio proprietário, Expedito Carvalho, a empresa passou de uma pequena produção familiar para uma grande indústria que fornece 150 tipos de produtos para todas as unidades federativas do Nordeste.

“A nossa expansão e desenvolvimento aconteceu também graças aos incentivos fiscais e locacionais, que nos permitiu um melhor planejamento e execução do nosso negócio”, complementa expedito.

Além de gerar oportunidades para jovens em busca do seu primeiro emprego, a Popular mantém funcionários com muito tempo de trabalho. É o caso da embaladora Girleide, 48 anos, que exerce suas funções na empresa há mais de 30 anos. “Aqui encontrei essa oportunidade, que é muito boa, pois é como ajudo no sustento da minha família desde 1985”, declara a embaladora.

Outro negócio que chama a atenção é Asa Branca Industrial Comercial e Importadora. No mercado desde 1996, o grupo atacadista é o 16º maior do país e gera 1200 empregos diretos no município de Arapiraca, além de produzir alimentos de marcas como Hada, Compostela e Julieta.

Para a auxiliar de produção da Hada, Leane Alves, 22 anos, os novos empreendimento instalados no Agreste criam mais oportunidade para mulheres se inserirem no mercado de trabalho formal.

“É mais difícil aceitar mulheres no mercado de trabalho na produção, mas a Hada me deu essa oportunidade, que no começo foi difícil, mas com o tempo peguei o jeito de trabalhar no setor”, opina a funcionária.

Outros empreendimentos como Grupo Coringa, Araforros, Mercomplás, Samplás e Mineradora Vale Verde contam com incentivos fiscais e locacionais no Agreste.

Avanços

Para o secretário de Estado e Desenvolvimento Econômico, Rafel Brito, a região tem na sua história o empreendedorismo como trajetória. A concessão de incentivos fiscais e locacionais, além do investimento em novas fontes de energia, a exemplo do gasoduto Penedo-Arapiraca, têm dado um suporte maior para o segmento continuar em expansão no Agreste.

“Arapiraca, por exemplo, vem sendo destaque no cenário nacional na geração de emprego. A cultura do empreendedorismo na região será fortalecida, cada vez mais, por meio de incentivo públicos, é o caso do novo Prodesin e do Gasoduto Penedo-Arapiraca, que fortalecem a indústria e consequentemente geram mais emprego à população local”, explica Rafael. 

por Agência Alagoas

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