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Alexandre Cedrim

Alexandre Cedrim

Administrador de Empresas e Consultor Organizacional

Postado em 22/05/2019 08:12

A profissionalização na administração pública

Um assunto recorrente em jornais, revista e principalmente entre conversa de amigos é a capacidade de trabalho do servidor público. A predominância das reportagens, artigos e principalmente das conversas entre amigos é de crítica, que às vezes chega ao limite do bom senso e do respeito ao ser humano.

O segmento que atende ao público sempre fica sujeito à avaliação de quem é atendido, mas as críticas mais intensas são direcionadas, com mais frequência, aos servidores públicos. Estes são nominados, minimamente, como preguiçosos e incompetentes e que, de acordo com os seus críticos, a maior causa deste comportamento é a segurança assegurada pela estabilidade de emprego.

O único meio de admissão ao serviço público é através do processo democrático de concurso público, que seleciona os inscritos que possuem os melhores conhecimentos técnicos exigidos no edital, conforme a natureza e a complexidade do cargo.

Os aprovados empossados somente adquirirão a estabilidade no emprego após três anos de efetivo exercício nos cargos nomeados. Durante estes três primeiros anos, de acordo com a Constituição para estes funcionários “é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade”.

O desempenho funcional é a verificação das competências e habilidades das pessoas no exercício de seus cargos ou funções. Uma das competências é a técnica, mas essa por ser objetiva, foi verificada na seleção e os que tem esta competência foram aprovados e classificados no concurso público.

 A outra competência é a comportamental que pela sua natureza subjetiva, deve ser acompanhada durante o período dos três primeiros anos de trabalho do servidor empossado, onde serão observadas sua criatividade, sua flexibilidade, seu foco em resultados e nas pessoas, sua organização, o planejamento do seu trabalho e a liderança que exerce no seu dia-a-dia.

Já a habilidade é como o servidor público observado aplica seus conhecimentos técnicos que foram exigidos na seleção e os específicos do setor onde está lotado.

Fica a dúvida se o dispositivo constitucional, que trata da avaliação dos novos servidores públicos, é cumprido pela administração pública direta e indireta, pois é difícil encontrar servidores públicos federais, estaduais e municipais que afirmem que passaram por este processo.

Esta seria uma das suposições das críticas apresentadas, a segunda estaria na ausência de uma política salarial justa, realizada através de um plano de carreira, cargos e salários que contemplasse o melhor desempenho funcional apresentado, com promoções por merecimento para os servidores que cumpriram ou excederam as metas propostas e por antiguidade a quem ficou aquém do esperado. Outra conjetura é o não aproveitamento do servidores efetivos em cargos de confiança transitório, quando, na maioria das vezes, são preteridos por pessoas designadas, mas sem as qualificações adequadas que o cargo exige.

Encontramos em diversos órgãos da administração pública servidores altamente qualificados, com plano de carreira bem definidos, salários condizentes e às vezes até superior com o cargo ocupado, que ao invés de serem criticados são elogiados pelas competências técnicas e comportamentais, como também pelas habilidades demonstradas nos exercícios dos cargos, mas infelizmente são exceções, em maior número na esfera federal, em número menor nas estaduais e pouquíssimo nas municipais.

Este é o grande desafio dos atuais e futuros governantes, é só copiar e melhorar a fórmula que a iniciativa privada utiliza e as críticas recorrentes desaparecerão.
 

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Alexandre Cedrim

Alexandre Cedrim

Administrador de Empresas e Consultor Organizacional

Postado em 08/05/2019 10:16

O melhor caminho

Divulgação
O melhor caminho
José Roberto Ferro, presidente do Lean Instituto do Brasil

José Roberto Ferro, presidente do Lean Instituto do Brasil, que tem como missão “melhorar as organizações e a sociedade através da prática do lean” (modelo de gestão inspirado no Sistema Toyota) formulou cinco questões sobre o desenvolvimento econômico e riqueza dos municípios, porém sem as respectivas respostas.

Entre as cinco, todas bastante interessantes, escolhi duas por entender que parecem que foram formuladas para o nosso município: 1) quais as atividades econômicas atuais mais importante? 2) qual é a “vocação” e força econômica atual do município?

Para tentar responder a primeira questão é preciso saber qual a atividade econômica atual que proporciona mais recursos financeiros (dinheiro) para o município e traz mais renda, mais emprego, mais impostos e mais circulação de dinheiro.

Para uma resposta consistente, o município deve ter uma base de dados que informe, com a maior exatidão possível, qual foi o faturamento da agricultura, da indústria, do comércio e da prestação de serviços e suas respectivas arrecadações tributárias, com também informações sobre a geração ou diminuição dos postos de trabalhos de cada atividade. Deve-se, também, ter conhecimento qual o destino da receita financeira destes segmentos, se ela é distribuída na localidade ou remetida para outros municípios onde estão sediadas as matrizes das organizações que operam no município.

Conhecendo-se qual o segmento atual mais importante para a economia do município, será necessário saber os vetores que comporão a resposta da segunda questão.

Vocação é o sentimento da população sobre qual segmento econômico poderá lhe proporcionar melhoria da qualidade de vida e força econômica é a potencialidade de desenvolvimento mais rápido das condições necessárias para a instalação e desenvolvimento de empresas que atuam em um segmento específico.

O primeiro vetor da força econômica ou a potencialidade de desenvolvimento é a infraestrutura, que de acordo com Rodolfo F. Alves Pena, é o conjunto básico que fornece as condições materiais mínimas necessárias a qualquer empreendimento público ou privado de interesse particular compartilhado: sistema de transporte, telecomunicações, energia, saneamento, gás, presença de instituições de ensino e de saúde e segurança.

O segundo vetor é a estrutura sistêmica existente e que tenha melhores condições para realizações de melhorias mais rápidas. Especificamente no segmento industrial é esta estrutura que atrai investidores e é composta de: distrito industrial (com a infraestrutura necessária ao segmento), incentivos fiscais, mão-de-obra qualificada, acesso as vias de escoamento da produção.

Já a estrutura sistêmica que atrai investidores do setor de turismo (serviços) é diferente, pois tem que ser alicerçado em: 1) inventário turístico composto dos atrativos naturais (hidrografia, clima, paisagem natural, fauna e flora) e inventário artificial (atrativos culturais, paisagem cultural); 2) hospedagem, alimentação, atrações artísticas, serviços de apoio; 3) mão de obra qualificada e 4) população comprometida com o bem estar dos visitantes (vocação).

Já o desenvolvimento segmento comercial depende de local de concentração das empresas do setor: estacionamentos, diversificação e principalmente a origem do volume monetário que circula na localidade que pode ser de três fontes principais: indústria, turismo, transferência de órgãos localizados em outras localidades ou de compradores residentes em municípios de seu entorno (comércio regional).

O senso de urgência do desenvolvimento municipal aponta para que as lideranças locais discutam e escolham a atividade econômica que terá prioridade dos investimentos, inicialmente públicos, considerando a que tenha melhor estrutura sistêmica atual e possa trazer mais rapidamente a vinda de novos investidores privados e assim responder, no menor espaço de tempo, os desejos da população com mais e melhores empregos e melhoria da educação, saúde e segurança.

Esta escolha não deve provocar nos empresários o sentimento de exclusão em planos de desenvolvimento, pois os segmentos não priorizados também tem importância, mas o único que estimula o crescimento dos outros é o turismo.

Como a maior riqueza de todas as publicações são as opiniões, ficamos na expectativa dos comentários dos leitores.
 

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  • Eduardo Regueira A matéria é de suma importância para o nosso município,maior complicador é justamente a gestão pública que nao promove um amplo debate com a sociedade para discutir o futuro do nosdo município. Muito importante traçar o perfil do nosso munícipio e para isto temos que ter todos os indicadores.
  • Ismael Das três fontes citadas acima, a que mais acredito ser primordial é a de atrair industrias para nossa região, estamos com um índice altíssimo de desemprego, e o refúgio é aceitar as meias condições que alguns pontos comercias oferecem ou o toma lá dá cá da politicagem.
  • Claudio Parabéns pela publicação, No meu entendimento o grande entrave do Município de Penedo ainda è a Gestão Publica, que tem como principal objetivo se manter no poder quem ganha com meia duzia sendo beneficiado. O conteúdo da publicação é exatamente o inverso, desrespeito a política que liberta.
Luiz Paulo Reis Galvão

Luiz Paulo Reis Galvão

Médico Gastroenterologista e Endoscopista

Postado em 24/04/2019 07:40

O velho e a ovelha negra

Ilustração
O velho e a ovelha negra
O velho e a ovelha negra

Era uma velha casa, uma bela casa, um casarão antigo, um velho sobrado do final do século XIX. Era o último dia do ano. Na grande sala o velho Genaro confere os ponteiros do grande relógio de pêndulo na parede. 23h30. Ninguém apareceu até agora. Sua prole de duas filhas, dois filhos e nove netos. Em um canto da sala um piano de cauda. Sobre ele um porta-retratos com a foto de Dona Blandina, a pianista. O piano nunca mais foi tocado desde que ela partiu para outras vidas. Seu Genaro mareja os olhos lembrando de sua companheira de tantos anos, de lutas e cumplicidade. A mesa estava pronta para a ceia, seu Genaro está à espera da familia para a chegada do novo ano. Liga a filha mais velha:

- Feliz ano novo, pai. Infelizmente não vou poder ir aí. Na sequência, vão ligando os demais também impossibilitados de irem. O velho, tristonho senta na cabeceira da mesa e chama a funcionária.

- Maria, apague as luzes. Deixe só a do piano.

- E o senhor não vai comer?

- Não, eu vou só chorar e olhar para minha companheira.

Toca a campainha. À porta está Robertinho, um de seus netos. Avesso aos estudos, envolvido com drogas, era chamado à boca pequena de "ovelha negra" pelos tios. Há dois anos tentaram interná-lo. Seu Genaro vetou.

- Esse menino tem um brilho nos olhos que só eu vejo - comentava.

Músico de garagem, sensível, meio poeta, Robertinho fazia o possível para ter o estilo dos primos e tios, mas não concordava com certas posições da família. O velho italiano continuava presidindo as empresas embora no dia a dia os filhos e o neto mais velho recém formado, é que tocavam a administração. O velho Genaro na verdade não digeria bem as novas técnicas administrativas imprimidas pelos filhos, embora se baseassem em metodologias internacionais modernas. Faltava, no entanto, a paixão e a intuição com as quais construiu tudo aquilo a partir do zero.

- Oi, Vô! Vim te ver - entrou Robertinho devagar abraçando o velho.

- Você não está com seus pais?!

- Não, estava por aí.

- Drogas, meu neto?

- Não, Vô. Tô tentando sair dessa.

- Maria. Acenda as luzes e traga o champagne.

Avô e neto conversam alegres na grande mesa.

D. Blandina observa de cima do piano. Há uma sintonia nos olhares, nos sentimentos e nas posições. Rompe o ano novo e os dois se abraçam. Há naquele abraço uma comunhão da solidão com o afeto, do velho com o novo, do ocaso com o amanhecer.

Depois do champagne, o fiel motorista Sebastião leva os dois para uma antiga cantina do bairro por sugestão do neto. Lá Genaro encontra antigos companheiros da colônia italiana e relembra cenas dos tempos antigos. Robertinho compartilha da alegria daqueles idosos. Até parece que vivera aqueles pretéritos momentos. Mais uma garrafa de vinho. O velho está alegre. São duas da manhã.

- Queria estar diante do mar quando surgisse o primeiro sol do ano - comentou Genaro.

- Então vamos descer a serra agora, Vô. Também quero ver o mar...

O carro desce suavemente pela estrada. Sebastião atento ao volante. No rádio as antigas canções de Nápoles. No rosto marcado pelo tempo uma lágrima de saudade.

Faltando poucos quilômetros o trânsito pára, e o tempo avança. Não vai dar tempo de surpreender o sol. Há uma pequena estrada de terra à direita com uma placa: "Sítio Santa Bárbara".

- É o sítio de Antonio Máximo! Lá do almoxarifado da fábrica. Ele falou que iria para lá no ano novo - comenta Sebastião - Lá tem uma pequena área de penhasco que dá para ver o mar ao longe. Já estamos perto do litoral.

- Toca pra lá - comandou Genaro.

- Patrão, a que devo a honra? - falou o dono do sítio.

- Ao engarrafamento e ao meu desejo de ver o mar. Me leve logo nesse penhasco.

Já havia o primeiro clarão na barra do dia. Era um pequeno mirante com um banco de pedra embaixo de um flamboyant amarelo. Não havia nuvens e o sol apontou devagar. Robertinho faz os acordes de "Cuore Ingrato" no violão e o velho canta baixinho com a voz embargada. O sol desponta.

- Conheci sua avó em um lugar como esse em Nápoles. Acho que foi o momento mais significativo de minha vida. Ao longo do horizonte passava um barco e ela falou que um dia um barco nos levaria para um lugar distante. Tempos depois aportávamos no Brasil. A energia dela por trás da cena me possibilitou tudo que consegui na vida.

- Vô, eu trouxe o retrato dela na mochila.

- Vou sentá-la no banco com a gente.

Caprichosamente passou um pequeno barco pesqueiro no horizonte, uma silhueta desenhada pelo sol.

- Meu Deus! É a mesma cena. Ela e eu, eu e ela. Num futuro não muito longínquo partirei em um barco desses pra encontrar minha querida. Robertinho, acho que você é a extensão de mim. Cuide de você, do mal que lhe assombra e dê sequência ao meu trabalho.

- Vô, você é a melhor pessoa que conheço e, nesse momento mágico eu lhe prometo: vou cuidar de mim e de outros que lutam para sair do vício e não conseguem.

Voltaram pro casarão e descansaram. À tarde a mãe de Robertinho chegou.

- Feliz ano novo, papai!

- Pra você também minha filha, tudo bem com você?

- Mais ou menos papai, Robertinho passou a noite na rua com a turma que ele convive e até agora não voltou. Esse menino não tem jeito.

- Não se apresse no seu julgamento, minha filha!

- Oi, mãe, feliz ano novo! Dê-me aqui um abraço.

- Que faz aqui, Robertinho?

-Vim passar o ano novo com Vovô.

- Eu pensei que...

- Vocês pensam muito. E muito erram - comentou o velho Genaro.

Robertinho passou a trabalhar na empresa e por sugestão do avô começou de baixo para vivenciar cada nível por curtos períodos até ir galgando os cargos de direção. À noite: a faculdade. Durante o dia: o trabalho e as lições do avô. Os tios, vice­presidentes, mantinham um olhar meio torto, mas seu Genaro ainda tinha mão de ferro e poder que foi aos poucos delegando ao neto. As empresas cresceram com o novo estilo "Robertinho". Moderno, mas democrático. Tecnológico, mas sentimental. O Sítio Santa Bárbara virou "Fundação Genaro Bione", com 150 vagas para tratar dependentes químicos. O Mirante virou “Avarandado do Amanhecer D. Blandina Bione". Poucos anos depois, Seu Genaro embarcou no veleiro do sol com destino ao infinito. As cinzas foram jogadas do "Avarandado do Amanhecer''.

Quinze anos se passaram. Dr. Roberto despacha com sua assessora na presidência da empresa. Atrás da grande mesa o retrato dos avós. Juntos como queria o velho. Os engenheiros apresentam os dois novos projetos da Fundação: reflorestamento na Serra do Mar e reciclagem de lixo empregando moradores de rua. Coisas da "Ovelha Negra". Na foto o velho parece sorrir. 

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  • Jaime Emocionante! Meu irmão é um grande poeta!
  • MARIA ANTONIETA DA Amei. Uma grande lição para os filhos que abandonam os pais em dias significativos para eles. Um velho iria atrapalhar. E é isso . O amor do neto é grandioso. Parabéns ao autor. Muitas bênçãos para ele e família. Vou compartilhar o mais que puder. O engraçado é que hoje é o dia dos netos. Um abraç
James Dantas

James Dantas

Fotógrafo, partilhador de conhecimento e admirador eterno de Penedo

Postado em 17/04/2019 09:30

No Túnel do Tempo da Fotografia - Origens

No texto passado mencionei que em 1826, Joseph Niépce precisava de 8 horas de exposição à luz para conseguir registrar uma imagem. Mas antes de Niépce, havia ainda um conceito que foi a base para a fotografia como conhecemos: A Câmara Escura. Trata-se de uma caixa fechada que tem um orifício em uma de suas faces, permitindo a entrada de luz que é refletida por algum objeto externo, formando em seu interior uma imagem invertida do mesmo. Era usada por artistas para auxiliar na execução de desenhos e pinturas.

Posteriormente, com os avanços da ciência modelos mais compactos foram construídos e utilizados de novas maneiras. Os ingleses por exemplo a utilizavam para ver o eclipse solar com maior segurança. E de acordo com um artigo citado na Wikipédia, algumas câmaras escuras foram construídas como atrações turísticas, embora poucas existam ainda hoje. Exemplos podem ser encontrados em Grahamstown na África, Bristol na Inglaterra, Kirriemuir, Dumfries e Edinburgh, Escócia, Santa Monica e São Francisco, Califórnia. Existe uma grande e bem montada câmera escura no Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro. Em Lisboa, no Castelo de São Jorge, existe uma câmara escura com periscópio gigante, através do qual é possível observar imagens da cidade em movimento.

Uma vez que a câmara escura permitia visualizar as imagens, a questão agora se resumia a como registrá-las e eternizá-las. Niépce precisava de 8 horas de exposição a luz usando o betume da judeia para fixar uma imagem em uma placa de estanho, mas posteriormente, Louis Daguerre, que era sócio de Niépce desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que diminuiu de horas para minutos o tempo de exposição necessária para registrar uma imagem, fixando-a em uma placa de cobre.

Hoje, com a fotografia digital, tudo isso é feito em uma velocidade instantânea. Márcio Bohrer explica em um artigo do site Oficina da Net que as câmeras digitais possuem uma variedade de lentes, que servem para conduzir a luz para o sensor - CCD (Charged-Coupled Device) ou CMOS (Complementary Metal-Oxide Semiconductor). Porém, ao invés de utilizar um filme fotográfico, faz-se uso de um aparelho semicondutor, que é utilizado como forma de registrar a luz eletricamente com uma gradação em volts. O sensor converte a luz em elétrons de cada célula na imagem. Então, essa imagem é gravada no cartão de memória e pode ser visualizada imediatamente na tela da câmera, importada para computadores, tablets e smartphones e editadas em softwares de edição de imagens.

Semana que vem, falaremos sobre a evolução das câmeras fotográficas e seus variados estilos. Abraço e até o próximo post :D
 

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Ronaldo Lopes

Ronaldo Lopes

Engenheiro Civil, Vice-Prefeito de Penedo, Ex-Secretário de Estado e Ex-Diretor Presidente do DER

Postado em 12/04/2019 12:08

Penedo 383 anos – História e Desenvolvimento

Evaldo Parreira
Penedo 383 anos – História e Desenvolvimento

Hoje, a cidade de Penedo completa 383 anos de elevação a Vila. Desde quando Duarte Coelho Pereira Filho esteve aqui para tomar conhecimento dos domínios de sua Capitania, muita coisa aconteceu. Poderia falar sobre muitas delas, elevação à categoria de cidade, visita do Imperador Pedro II, arquitetura de várias épocas, ou de festas religiosas tradicionais, como o Bom Jesus dos Navegantes. Entretanto, prefiro falar no passado recente de nossa cidade.

Há alguns anos, os penedenses viviam apáticos com a falta de perspectivas para o futuro da cidade. Não havia nenhum trabalho na melhoria da infraestrutura ou ao menos um planejamento de ações que pudesse criar uma possibilidades de desenvolvimento.

De algum tempo para cá, a maioria dos prédios históricos foi recuperada e o Centro Histórico foi transformado com uma grande obra de urbanização. Algumas das Orlas Fluviais já foram recuperadas e outras encontram-se em fase de conclusão.

Grande parte das ruas, nos mais diversos bairros, já receberam ou estão recebendo pavimentação em paralelepípedos e uma parte das ruas do corredor de transporte coletivo já foram asfaltadas.

Estradas importantes para escoamento de produtos agrícolas (Pindorama/Bolívar e Pindorama/Penedo), e para o Turismo (Penedo/Maceió via litoral e Porto Real de Colégio/Penedo via Igreja Nova) já foram ou estão sendo recapeadas ou construídas com asfalto.

Uma Marina e um Centro de Convenções estão com obras em fase de acabamento.
Na educação, escolas e ginásios de esportes do Estado e do Município foram recuperados e climatizados, além da implantação de escola de tempo integral.

Na saúde, o bom funcionamento dos PSFs, da UPA e do novo Centro de Diagnóstico estão trazendo nova condição de vida ao povo de Penedo e, recentemente, a Prefeitura se uniu a Santa Casa de Penedo e ao Governo do Estado para viabilizar a implantação de uma UTI e de uma Unidade de Hemodiálise que tanto vão beneficiar esta região.

Está em implantação um Distrito Industrial onde uma empresa inicia suas atividades dentro de alguns meses e outras deverão ser implantadas ainda esse ano.

Por fim, a cidade prioriza a implantação do turismo, como indutor e gerador de emprego e renda com foco na melhoria da qualidade de vida de sua população. Para isso após ter avançado na recuperação da infraestrutura, está buscando na iniciativa privada, investidores em hotéis, pousadas, restaurantes e operadoras turísticas como Masterop e CVC, com quem os entendimentos estão bem avançados.

Algumas empresas nacionais, como Magazine Luiza, Farmácias Pague Menos, Farmácia Permanente e Lojas Americanas, vendo o novo momento da cidade já implantaram suas unidades aqui.

Com tudo isso hoje sentimos, ao conversar com as pessoas nas ruas ou verificar as postagens dos penedenses nas redes sociais, o quanto a nossa autoestima está alta e quanto nos orgulhamos da nossa cidade.

Mas apesar dos 383 anos, essa nova fase de desenvolvimento está apenas começando.
O desafio é grande, temos muito trabalho pela frente, mas o futuro depende apenas de nós.
 

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